3 de mai. de 2013

A farinha de peixe (Piracuí)



  Do tupi: pira = peixe + cuí = farinha é um derivado do peixe, é conhecido na região amazônica como Piracuí. Ele é produzido a partir de diferentes espécies; o mais comum é o acari, mas também se faz Piracuí de tamuatá, de cujuba e até de tambaqui. E que podemos chamar de alimento local, de origem indígena. Se bem armazenado, tem ótima durabilidade, não perdendo o seu sabor característico. O produto tem elevado aporte proteico, pode ser consumido puro, ou usado como ingrediente para variados pratos; entre eles: bolinhos de piracuí (Figura 1), sopas, massas e a tradicional farofa (Figura 2).
  O Piracuí foi criado muito antes dos portugueses e a farinha era e ainda é um meio de conservação do peixe. Apesar de ser atestada em toda bacia amazônica, hoje a produção se concentra na região de Manaus, no Amazonas, e na região a jusante de Santarém, no Pará.
  A produção do Piracuí consiste em juntar uma boa quantidade de peixe Acari (o acari é preferido por ser um peixe de fácil captura, por viver entre as pedras e buracos existentes na parte baixa dos rios), uma boa quantidade, pois só se aproveita cerca de 30% do peixe, já que eles apresentam pouca carne. Coloca-os em fogo a lenha para assar (Figura 3). Depois de bem assados, quase secando, são levados para um forno de barro aberto, onde são desfiados por completo, para serem torrados e se transformarem em Piracuí.
  A forma de fazer o bolinho é semelhante a do bacalhau, o que muda é o peixe, e ainda tem gente que diz que o bolinho de Piracuí é melhor do que o de bacalhau!

Figura 1. Bolinho de Piracuí 



Figura 2. Piracuí.


Figura 3. Acarí-bodó no fogo.


Por ser um peixe “cascudo”, é também conhecido pelos brincalhões amazônicos como Black Hawk, pela a sua semelhança ao helicóptero de transporte e assalto do exército dos EUA, como mostra a figura


Figura 4Black Hawk em cima e Acari em baixo.


Escrito por: Kadu Martins




30 de abr. de 2013

Jambu: Afrodisíaco para as mulheres!


Conhecido por diversos nomes pelos Amazonenses como Agrião do Pará, Agrião do Brasil, Jambu-açu, essa plantinha faz milagres. Além de ser indispensável na culinária da Região Norte, por fazer parte de pratos típicos como Tacacá e Pato no Tucupi, quando dito da sua poderosa ação anestesiante ao ser mastigada, leigos no assunto arregalam os olhos para confirmar a veracidade da informação.


Porém, além desse toque a mais que ele fornece nos pratos que é utilizado, o Jambu vem trazendo a industria de pesquisa uma gama de novas revelações, ele estimula o apetite, é diurético contribuindo assim para baixar a pressão arterial, rico em celulose, que normaliza o transito intestinal e ajuda na digestão. Agora  você acha que as funções dessa hortaliça termina por ai? E se eu disser que a industria cosmética vem apostando em um Botox Natural? Isso mesmo, ameniza as rugas! Certamente podíamos ficar bem felizes com essa descoberta, as regiões que cultivam essa planta enriqueceriam, mas não, até 2005 uma base de dados, constava 34 patentes do Spilanthol, a substância do Botox Natural, nenhuma era brasileira! Como o Estado do Pará não tem o controle do cultivo dessa hortaliça, a Biopirataria está ai, levando o nosso patrimônio para outros países.
Tá bem, já estamos convencidos dos benefícios do Jambu, não? Certamente, mas não acaba por ai, outra utilidade dele, é em forma de pomada para aumentar a excitação feminina, aumentando os movimentos peristálticos no interior da vulva, a mesma já é fabricada em media escala em Macapazinho e promete ser um sucesso de venda nos próximos anos!



29 de abr. de 2013

Cacau: Listado como um SUPERALIMENTO!


Quer entender por que o Cacau foi listado como um Superalimento? Então dá uma olhadinha em suas propriedades...


·         Magnésio: é o campeão neste quesito, contém mais do que em qualquer outro alimento. O mesmo auxilia no funcionamento do coração, sistema digestivo e cérebro.  O magnésio combate o famoso intestino preso, além de fornecer um balanço químico do cérebro, construção óssea e é associado com o aumento da felicidade.
·         Cromo: é um mineral que auxilia no balanceamento do açúcar no sangue.
·         Ferro: o cacau natural contém 314% da dosagem diária de ferro recomendada pelo governo americano (U.S RDA) em cada 28 gramas. O Ferro é criticamente necessário para alimentação, porque faz parte da molécula da proteína chamada hemoglobina, que complexa o oxigênio, mantendo nosso cérebro, organismo e sangue saudável.
·         Anandamida (n-arachidonoylethanolamina): é uma endorfina liberada pelo corpo após atividade física, e sabe qual a única planta que produz? Isso mesmo, o cacau, e quais os benefícios? Felicidade.
·         Theobromina: Ótimo bactericida das famosas caries, além de dilatar o sistema circulatório, deixado o trabalho mais fácil.
·         Antioxidantes: o alimento que tem maior concentração de antioxidantes que qualquer outro do planeta terra, incluindo polifenóis antioxidantes, catequinas e epicatequinas.                           

     

      



                            Depois de ler tudo isso, inclua este na sua dieta, você só tem a ganhar!






Pupunha: de fruta a compensado de madeira!


Palmeira nativa dos trópicos úmidos americanos, a pupunheira (Bactris gasipae) produz cachos grandes de frutos comestíveis, utilizados de variadas maneiras. Considerado alimento básico em algumas regiões, o fruto tem sabor agradável e alto valor nutritivo. 
Os frutos são frequentemente consumidos depois de cozidos em água e sal ou na forma de farinha ou óleo comestíveis. Contudo, também podem ser matéria-prima para a fabricação de compotas e geleias.
Os frutos da pupunheira constituem um alimento essencialmente energético, mas contêm quantidades pequenas de proteína, óleo, caroteno (pró-vitamina A), vitaminas B, C e ferro. Os frutos e seus derivados, quando crus, contêm uma enzima, que inibe a digestão de proteínas, e um ácido, que provoca irritação na mucosa da boca.
Uma nova utilidade foi descoberta a Pupunha, o compensado de Pupunha, é um material desenvolvido pela Fibra. Trata-se de um compensado obtido a partir de ripas do estipe da pupunha, prensadas com adesivo de base vegetal. A parte aproveitável do estipe para a confecção do compensado é a região periférica, considerada um material lenhoso de alta densidade e rigidez. O material alcança um acabamento final de altíssima qualidade, devido à sua superfície lisa, proporcionada pela sua textura fina.



 Compensado de Pupunha, Projeto vencedor do iF Gold Material Awards 2005.